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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Boa noite!

... a hora do conto.

Era uma vez uma senhora, uma bela senhora de cinquenta e tal anos. Uma trabalhadora braçal que nunca havia sentado no banco de uma escola. Portanto não sabia ler e nem escrever. Mas, não sei se existe esse parecer; diria eu que ela era alfabetizada numericamente, ou seja, conhecia os números e somas, diminuições multiplicações, divisões e pasmem fazia uma percentagem quase que instantânea. Ela era algo vaidosa. Vestia-se muito bem e não dispensava os saltos altos, e falava, comunicava bem.
Abriu-se uma loja de revenda de cosméticos e perfumarias e porcelanas. Então ela foi revender para ganhar mais alguns dinheiros. A venda dava-se através de revistas com listagem de preços à parte.
Ela solicitou as duas revistas de cosméticos e de porcelanas e pediu-me a gentileza de colocar em cada produto o preço da peça em cada foto. Então eu questionei o porquê daquilo, achando que seria estragar tão bonita revista, ela simplesmente disse: sou analfabeta. Acreditávamos que ela não possuía condições de ser uma revendedora, pois cada revista oferecia mais de duzentos produtos.
Oh! Ledo engano. Hilda Emídia foi a melhor revendera que tivemos. Ela era capaz de vender 30 peças de porcelanas, por volta de 50 produtos de cosméticos por semana e sabia de cor para quem vendeu, quanto deveria receber, o endereço do comprador e sem jamais esquecer o seu lucro. Era bom, dava gosto ver a inteligência daquela senhora.
Ficamos a pensar se a Hilda Emídia tivesse a chance de frequentar escola será que e ela era capaz de pratica-las sem erro algum.  E nós que sofremos para aprender sobre duzentos  poucos ossos, o nome dos forames da cabeça humana... acho que Hilda tirava de letra.
Aqui fica uma homenagem a uma brasileira, analfabeta, educadíssima, dona de um nobre carácter


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